Na
atualidade, demasiadas empresas com capital aberto tem dado extrema relevância
para um único stakeholder, os
acionistas. Essa lógica nem sempre se fez presente, nas décadas de 70 e 80 e durante
o século 20 acreditava-se que as empresas deveriam beneficiar todos os seus stakeholderes, ou seja, a sociedade como
um todo e não somente seus acionistas.
Depois
desse período, foi disseminado que as empresas abertas pertenciam aos
acionistas e que o seu principal objetivo era enriquecê-los. Tal ideia foi
favorável a dois stakeholders, um os
acionistas e o outro as presidentes das empresas abertas, que tem sua
remuneração aumentada, e/ou ganham expressivos bônus por aumentarem os preços
das ações.
Em
primeira instância você talvez tenha se questionado “mas aumentar o preço das
ações não é algo bom para uma empresa?”. Até seria, porém muitos presidentes
aumentam os valores das ações em um curto período de tempo para poder
beneficiar a eles próprios. Há portanto, um interesse a curto prazo na empresa, deixando
de lado o desempenho a longo prazo.
Segundo,
Lynn Stout, advogada e professora da
Universidade de Cornell dos Estados Unidos “A lógica da supremacia
do acionista é disfuncional e não beneficia os resultados da própria empresa no
longo prazo. Os únicos beneficiados são investidores ativistas e presidentes de
empresas que têm a remuneração atrelada ao preço das ações. Todo o resto –
investidores de longo prazo, empregados, clientes – é prejudicado.”
Nessa
lógica, tendo como exemplo o mercado de ações nos Estados Unidos, vê-se que a
riqueza do negócio tem sido distribuída para uma pequena minoria e não para
todos aqueles que contribuíram para sua geração. Assim, notou-se que o mercado
de ações já não origina grandes retornos ao médio investidor, quanto gerava
antes dessa “nova era do e para os acionistas”.
Com
isso, empresas como a Google, toma as ações necessárias para a empresa e o direito de voto estão nas
mãos dos altos executivos e fundadores, não deixando que acionistas ativistas intervenham
na gestão da mesma.
O
desfecho não é que a empresa não deve se preocupar com
seus acionistas e sim que ela deva se preocupar com todos os seus stakeholders – funcionários, fornecedores, comunidade, sociedade, consumidores e acionistas – o que
resultará em bons resultados e atrairá investidores de longo prazo.
Autor: Solucionando
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